Eu não sei na verdade quem eu sou
Mudanças... essa é a palavra chave para a definição dos meus confusos sentimentos.
A menina tímida, doce, calma, de sorriso discreto, de poucas palavras e voz rara e mansa. Essa ficou no passado e vez ou outra faz uma falta danada. Ela era feliz, mesmo ainda buscando uma outra felicidade. Ela se sentia amada e nunca solitária. Ela dançava, aprendia e dava seus primeiros passos para a vida.
A menina hiperativa, com pressa de encontrar motivos que a fizesse sorrir, que não sabia dizer não, mas que sempre buscava o sim. A menina que aprendeu a seguir alguns passo sozinha, mas logo desaprendeu com medo da solidão. Aquela que em diversas vezes realmente esteve só. A que então, descobriu que era feliz ao conhecer a infelicidade. A que desamou e amou novamente - e de novo, e de novo - a mesma pessoa. Ela vivia procurando se sentir feliz, porque ser feliz era só momentâneo. Ela cresceu e não viu o tempo passar.
A menina mulher, desejando voltar o tempo, com novos medos, com insegurança, sem esperança. A menina que chegou onde queria e ainda foi um pouco mais além. Que descobriu ser capaz, mas que também ainda há muito a percorrer. A mulher que aprendeu.
Aprendeu que cada menina dentro dela ainda existe. Aprendeu que a vida é muito mais do que se sente. É ver, crer, vencer. Nesses corridos - quase - 24 anos, pode descobrir que seus valores são maiores que suas vontades, que suas escolhas são determinantes mas não definitivas, que o sim as vezes pode ser um não, que o amor pode - verdadeiramente - ser somente solidão e praticar desamor não compensa, não faz bem para a alma, muito menos ao coração.
Mesmo com todos os caminhos, passos, tropeços, recomeços, idas e voltas, e algumas vezes só idas; sei tudo que aprendi, que pratico e sei bem os meus princípios, porém, contudo, todavia, essas mudanças me faz pensar que "eu não sei na verdade quem eu sou".
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