INTEIRA

Alguém me fez refletir sobre aquela velha história de que "devemos deixar o amor ir porque, se, ele  realmente nos amar ele voltará". 
Daí concluí que amor de verdade não nos deixa, não nos abandona; Ele permanece, fica, retribui, ama, alegra. 
Então me lembrei da minha caminhada. Passei uns anos da vida teimando em não esquecer um "amor" que só existia em mim e que  por muito tempo isso não me fez bem. 
E eu não percebia que ele só permanecia porque eu o alimentava e continuei sofrendo. 
Por um bom tempo me mantive presa na esperança de que um dia ele voltasse. Sem entender que, na verdade, eu nunca o tive.
Daí percebi meu erro. 
Percebi de onde vinha minha tristeza e respirei. 
Demorei para encontrar o fim, mas consegui abolir meu coração à tempo de renovar meus desejos amorosos. 
Fui fogo, brasa, cinza, faísca, fui fumaça.
Mas hoje sou muito mais amor.
Daqueles amores pessoais, que vem de dentro, para mim e por mim.
Aprendi que preciso ser inteira e ser responsável pela minha felicidade. 
Sou chama queimando por mim, buscando que esse amor possa  chegar, em fim, no seu lar.