Nossas escolhas
Foi naquele fevereiro de 2012 que eu escolhi.
Briguei com o coração e deixei o medo me vencer.
Eu acreditava que poderia conseguir controlar o sentimento e que eu não estava feliz.
Encontrei um sofrimento que não era meu e, se era meu, não era de verdade.
Julguei quem eu amo. cobrei além do que deveria, comparei com quem não poderia, desconfiei da pior das possibilidades de quem eu conhecia.
Na solidão que me fiz viver - e vivo até hoje - percebo que ninguém consegue amar sozinho e que tudo, absolutamente TUDO, na vida deve ser dito e esclarecido com todas as palavras, pois, "ou você mata o silêncio ou o silêncio lhe mata", e esse, meu caro, já vem me consumindo a quatro longos anos.
Em contrapartida, não posso afirmar que, hoje estaria vivendo esse amor se não tivesse escolhido seguir sozinha, pois, o amor só sobrevive a dois, então, não depende só de um.
Mas posso afirmar que eu poderia ter falado dos meus medos, nos meus receios, poderia ter dado mais uma chance à quem eu conhecia, eu poderia ter tentado vencer os medos que venceram e hoje ainda me pertubam. Eu poderia ter deixado-o escolher se queria realmente ir.
Tantas opções, tantas escolhas.
Será que o amor tem prazo de validade?
Será que realmente nunca podemos voltar atrás?
Será que arriscar recomeçar não vale a pena?
Será que nossas escolhas são definitivas?
Muitas dúvidas. Nenhum passo.
Me sinto estagnada, sentada na poltrona da janela do ônibus, vendo rapazes admirando lindos rostos lá fora.
A vida vagando, correndo e eu parada no amor de seis anos, que não sara, não volta e nem sai de mim.
Eu preciso escolher.
Precisamos escolher.
A vida não espera.
Quem sabe um passo atrás seja o "Um passo à frente" que me falta escolher.
Eu escolhi amar, mas isso não está completo, não me basta.
O amor não é para doer.
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