Esse meu medo


Ponho máscaras, escondo tristezas, alargo sorrisos os quais nunca revelam o que realmente estou sentindo.

Isso é o que eu penso que estou fazendo.

A verdade é que sou tão transparente (matraca também) que até uma dor de barriga não consigo ocultar - pois é, infelizmente (hahahaha).

Mas o medo não é tão ruim assim, sempre nos trás uma lição, nos exige forças, nos desafia para algo que não queríamos encarar. Isso é um pouco doloroso, mas é a única parte boa.

Ainda estou na fase - lenta - de enfrentar pontes e viadutos (Gefirofobia), grandes ou minúsculos, não importa, todos podem cair a qualquer momento. Borboletas (Motefobia), também são um grande desafio para mim. Sim, borboletas!! Outra, ou melhor, uma das minhas maiores fobias é a de sangue (Hematofobia), essa eu não controlo e é herança paterna, mas estou enfrentando, juro.

Por incrível que pareça, minha reação quando me sinto ameaçada por esses medos é rir, começo a sorrir descontroladamente. Deve ser para não parecer uma louca, mas acabo parecendo, confesso.
Contudo, esses medos acabam sendo insignificantes, as vezes, pois, não é todo dia que eu tenho que enfrentá-los. 

Mas nenhum deles dói tanto quanto o medo da solidão. Eu poderia dizer que é medo de amar novamente, mas não, o que realmente me assusta é a possibilidade de não encontrar alguém que goste do que eu sou, de como eu sou, ou que ao menos consiga conviver com isso e que queira partilhar momentos bons e ruim, alegrias e tristezas. 
O que me aflige é pensar que eu estarei sempre querendo voltar ao passado, quando na verdade não estou no futuro de ninguém.

Imagino que o tal do Amor tenha fases e que eu nunca avancei nível algum (xô GAME OVER!!). Mas eu gosto de jogos e mesmo não sabendo ganhar eu sonho em ter alguém do meu lado com o outro controle na mão me dizendo que eu sou péssima jogadora e não ganho nada. Porque, na verdade, eu acredito e muito naquele ditado: "Sorte no jogo, azar no amor" e assim sendo, posso perder várias partidas, desde que eu esteja acompanhada (sempre com a mesma pessoa em todos os jogos, claaaaroo).

Esse meu medo.... aaahhh, medo bandido!

Fico me prendendo à esperança de que alguém, um dia, em algum possível momento, há de me ver e de tirá-lo de vez, levando a solidão pra bem longe, me fazendo esquecer sua existência, mudando de nome a minha rotina.

Sou solitária confessa, porém, mesmo assim, continuo acreditando no amor, mas, acredito também que não é somente de amor que se alimenta o outro, todos os sentimentos são complementos de uma relação. E é daí que nasce meu medo... a solidão pode ofuscar o que recebemos, o que temos e o que podemos ter.
O que quero dizer é que, de tantos caminhos e tristes experiências vividas - sendo elas amorosas ou familiares -  mesmo tendo aprendido muito com cada uma, encontro-m receosa quando penso em amar novamente, sinto que não tenho opções e acabo me apegando à solidão a qual eu tanto temo.

Controverso não é?! Mas o medo faz dessas coisas.

Não se deixe vencer!

Bjokas,
JLA

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