Cinco de Novembro

Não sei qual dos dois tem mais medo. Não sei quem sente mais falta, quem ama mais.
Sei que ainda existe alguma coisa, porém, também não imagino o que pode ser.
É primavera e daqui da cama vejo uma garoa pela janela cair lá fora.
O que isso tem a ver?
Me fez querer ele aqui. Me fez querer dançar com ele sentindo os leves pingos caírem no meu rosto.
Despertou vários sentimentos que eu desejo partilhar com ele.

Ele é para casar. Disso não tenho dúvidas.
Sua imagem me esperando no altar é linda ao mesmo tempo que é  uma típica imaginação traiçoeira.
Desejar não é pecado, mas é ilusão quando já não se tem certeza do que pode acontecer.

Ele é de peixes. Eita que esse serzinho é difícil, viu!?
Sente por três, ama por dois, cala por mil.
Cautela e paciência chegam a ser exagero.
Ao menos ele tenta.
E consegue na maioria das vezes.

O negócio é que a ferida, mesmo cicatrizada, deixa marcas.
Os momentos bons deixam lembranças.
Tanta coisa boa aconteceu em meio aos arranhões.
Prova de que a gente dava certo em algum momento e isso deveria ser o suficiente para esse dia deixar de ser um dia comum novamente.


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