Como o amor do mandacaru

Quem é esse que vejo?
Onde está o vislumbre que me encantou?
O teu olhar já não me afaga
O teu sorriso já se apagara
E a tua boca não irei de tocar mais.

Não sei que feitiço decepou meu encanto
Mas meu coração parece ter saído do canto
Que por vezes me prendeu

Agora, meu anseio é ter um aconchego certeiro
Daqueles que faz poesia e conta nossa história como num cordel cheio de alegria.
Aqueles z'amores que vem como brasa e que faz ventar a cada nascer do sol, pra manter acessa nossa chama.
Dos que trazem o cheiro de terra molhada e o sabor da manga rosa pegada no pé.
Que com um olhar confiante me mostra os caminhos que temos à trilhar.
E que faça brotar novamente a vontade de sonhar.

Não sei se será passageiro, mas estou montando um canteiro, bem aqui no lado esquerdo, pra ver se há de vingar.
Desse amor quero fé, mãos dadas nas andanças, um punhado de palavras, um tanto de sorrisos e a certeza de que há de ficar.

Me deixastes lembranças e não anseias que tenho à oferecer.
Me fizestes lágrimas, bem perto à virar pó.
Mas alguém, um dia, há de te domar, pois não tardarás à saber o que é amar.
E tu vai ver que eu não estava à brincar.

Quero provar o doce que tem entre sanfoneiro e ouvinte, quando o coração se enche do sentimento inexplicável que é o danado do amor partilhado.

Eu não sei dissertar sobre o amor,
Mas assim como o mandacaru vive sem água por amor à terra rachada,
Agora, sem pensar em você,
O que eu mais quero é renascer...
e viver de amor.

- JLa

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